segunda-feira, 8 de novembro de 2010

WORKSHOP COM HAYAT EL HELWA

Dia 31 de outubro, dia das Bruxas, dia de eleição presidencial, e eu me acabando de fazer shimies e aprender técnicas de quadril com nada mais nada menos que nossa deusa Hayat El Helwa.

Vinda do Egito onde mora atualmente, retornou ao Brasil, sua pátria amada também, para uma série de works e shows em várias cidades brasileiras.
O Espaço de Dança Clássica Egípcia La Luna, nos deu essa oportunidade maravilhosa de aprender com Hayat muito, mas muito mesmo. Técnicas de quadril, exercícios para o fotalecimento e soltura de shimies, presença de palco, a unidade da bailarina. Desde seu charme e beleza até sua apresentação, como a dança do ventre deve ser observada e trabalhada por cada uma de nós: bailarinas e professoras dessa Arte.

Hayat se mostrou uma profissional competente, com excelente didática e alto astral e simpática. Além de linda, foi extremamente gentil ao nos presentear com um marcador de livro que ela trouxe do Egito em papiro e um texto de sua própria autoria, que resume a essência e beleza da bailarina de DV.

Momento de descontração do work

Vou trancreve-lo abaixo por concordar em grau, número e gênero com Hayat. Sem dúvida, uma pessoa linda que me ensinou em 2 horas e depois no tempo que conversamos até o show no outro dia e após, que dança do ventre é um universo de possibilidades e só a alma desperta e desapega pode executa-la com fineza e transforma-la em uma mágica curativa. 
Então, compartilho esse mais esse ensinamento:



EXPRESSÃO/ INTERPRETAÇÃO




Meu trabalho sempre aborda corpo, mente e alma, “a alma da bailarina”.

A autêntica dança árabe é a demonstração de uma arte fina, um verdadeiro poema em celebração da vida, transmitido através dos mais graciosos movimentos e flutuações corporais, de todas as partes do corpo. Para adquirir a “sensibilidade” da música árabe, procure entrar em cena não apenas com a preocupação da técnica, mas entre principalmente com sua “alma”, pense a respeito do seu “feeling”, sinta sua deusa interna, tente desperta-la. Essa é a diferença daquela bailarina exímia em técnica e daquela que não chega a tanto tecnicamente, mas consegue se envolver melhor com o público. As pessoas percebem as bailarinas que realmente dançam com este sentimento, posso dançar lento, rápido, mas tenho que dançar estando apaixonada, sentindo a música.

Agora você pode me perguntar o seguinte: Como vou sentir uma música, se não entendo árabe? Sinta-se como se fizesse parte das notas musicais, escolha um instrumento que mais lhe toca e esteja sempre apaixonada ao dançar, sabendo que a maioria das músicas árabes fala de amor, não fica tão difícil. Lembre-se do amor em geral: pelo marido, namorado, materno, crianças, enfim um amor universal. Estabeleça uma boa comunicação com seu público, desejando que ao término de sua dança, todos possam estar se sentindo melhores do que antes. Quando você descobre o que eu chamo de “Deusa Interna” e se entrega, esse sentimento aflora de uma maneira tão prazerosa que você esquece tudo de ruim e entra num momento de êxtase da sua dança.

É exatamente neste momento que você passa a não brigar mais com a dança, a técnica, a música, a aceitação do seu corpo e a insegurança, a timidez, o medo de errar desaparece. Contudo, coloque-se em cena como se fosse a “melhor bailarina do mundo”, sem prepotência, encerrando o show com segurança e a elegância de uma Deusa.

Quando nos concentramos somente na beleza, caímos numa armadilha que se chama vaidade e elevação do ego, diminuindo dessa forma, a luz do nosso espírito, luz esta necessária para caminharmos em outros mundos. A solução para que possamos estar belas, sem dificultar nossa caminhada para a eternidade, está na nossa consciência.

Como acontece ao purificarmos o ar, todos são beneficiados, não somente aquele que o purificou. Assim, procure estar sempre bela, maquiada, sorridente, vivendo com amor, compaixão, benevolência. Fique bela para embelezar o mundo, que já é muito cinza, e aguarde... O mundo iluminará você!

“A BELEZA TERRESTRE SÓ É VÁLIDA, QUANDO UTILIZADA SEM APEGO, ABRINDO ASSIM, O CAMINHO PARA ILUMINAÇÃO PERENE (HAYAT EL HELWA)



Conheça mais Hayat


Yousry Sharif - Egito "Como bailarina: ela sabe usar o seu corpo muito bem para expressar todo o sentimento da música árabe. Os seus movimentos corporais os traduzem muito bem. Os sentimentos que transmite enquanto dança são verdadeiros e únicos. Não foi a toa que após seu show todas as pessoas presentes a aplaudiram de pé"